segunda-feira, 25 de abril de 2011

Em Pe


Santa Cruz vence Porto por 2x1 e precisa apenas de um empate em casa

Tricolor marcou dois gols em três minutos e perdeu pelo menos mais quatro oportunidades claras de ampliar o placar.


  
Paulo Paiva/Esp. DP/D.A Press.
A impressão era que o Santa Cruz havia liquidado a fatura em apenas três minutos. Duas chegadas ao ataque, dois gols. 2 a 0 inesperado. As chances desperdiçadas no decorrer do primeiro, no entanto, iriam fazer falta. No segundo tempo, a reação do Porto mudou o jogo e, no fim das contas, o gol de Paulista manteve o Gavião vivo na briga por uma vaga na grande final do Campeonato Pernambucano. Ainda que a vitória por 2 a 1 dê ao Tricolor do Arruda uma boa vantagem para a partida de volta. Qualquer empate ou até mesmo derrota por 1 a 0 classifica o Santa.

Na tarde deste domingo, o artilheiro do Pernambucano não teve vez no primeiro tempo. Paulista passou em branco, anulado por Everton Sena. Já os jogadores do Santa Cruz foram obedientes às ordens do chefe. Fidelidade premiada. A escalação teoricamente defensiva foi mera farsa de Zé Teodoro. Apesar de Wesley ser o único homem de criação no meio-campo, o Santa nunca esteve tão ofensivo em um início de partida. Entrou em campo sabendo o que queria. Impetuoso acima de tudo.

Sem o meia Natan, vetado, Everton Sena ganhou a camisa titular. Desde o começo ficou claro que sua função seria seguir de perto os passos de Paulista, repetindo a marcação "carrapato" exercida sobre o craque Lucas no jogo contra o São Paulo. No papel, um esquema recheado de marcadores. Na prática, porém, o Santa não precisou de nenhum meia ou atacante para balançar as redes. O gol de Thiago Mathias nasceu de uma falta cobrada por Wesley. Memo ajeitou de cabeça e o xerifão chutou de primeira no canto de Mondragon. A festa repentina ficou ainda mais surpreendente quando Renatinho marcou o segundo, aos 3 minutos. Esperto, ele aproveitou a falha da zaga adversária e pegou de primeira o rebote. Chute à queima roupa, sem chances de defesa.

Bem postado taticamente, o Santa Cruz ditou o ritmo na primeira etapa. Os lances ofensivos do Porto se resumiram a duas faltas cobradas por Sandro Miguel, ambas de longa distância. Do outro lado, Wesley desperdiçou ótima chance de ampliar. A impressão ao final da primeira etapa era de que a fatura estava praticamente liquidada. Mas Everton Sena, pendurado com um cartão amarelo, foi substituído no intervalo por André Oliveira. Aí o artilheiro Paulista entrou em cena. Aos 15 minutos da etapa final, o Porto já fazia por merecer o primeiro gol. Douglas arrancou pelo meio, dividiu com a zaga coral e a bola sobre nos pés de Paulista, que ampliou para 14 o número de gols da competição, mantendo-se artilheiro isolado.

Cinco minutos depois, por pouco Paulista não empatou. Leandro souza apareceu para salvar em cima da linha o toque por cobertura. A postura ofensiva do Gavião visivelmente incomodou o Santa, que aceitou levar pressão durante praticamente todo o segundo tempo. No final, Zé Teodoro acionou Mário Lúcio e Léo na tentativa de tirar o Santa do sufoco. Aos 29, Memo perdeu boa chance após tabela com Wesley e, aos 46, Gilberto acertou a trave.

Sport faz melhor jogo do ano, vence Timbu por 3 a 1 e decide vaga nos Aflitos

Rubro-negros podem até perder por um gol de diferença no próximo domingo que estará classificado para a final do Campeonato Pernambucano 2011

Ricardo Fernandes/DP/D.A Press
O Sport largou bem na semifinal do hexa contra o Náutico. Na tarde deste domingo, o Leão venceu bem, por 3 x 1, na Ilha do Retiro e poderá perder por até um gol de diferença no jogo de volta, no próximo domingo, nos Aflitos, também às 16h. Os gols leoninos foram marcados por Bruno Mineiro, Marcelinho Paraíba e Ciro - todos com assitência de Carlinho Bala -, enquanto Rogério descontou para o Timbu. Vale lembrar que o gol fora de casa é critério de desempate. Portanto, uma vitória por 2 x 0 classifica o Timbu. Já no caso leonino, fim do jejum. Nos quatro primeiros clássicos do ano, contra alvirrubros e tricolores, eram três derrotas e um empate. A primeira vitória veio num momento crucial do Estadual.

O jogo - O técnico Hélio dos Anjos optou por uma formação mais precavida. A escalação definitiva saiu apenas a 50 minutos do apito inicial, num 4-4-2 receheado de três de volantes, deixando Marcelinho Paraíba como único articulador de jogadas. Dez minutos depois o técnico Roberto Fernandes tmabém divulgou a sua lista. Apesar da semana de treinos fechados, parecia até que ambos haviam combinado. Náutico também no 4-4-2, com três volantes. Os elementos surpresa na cabeça de área foram Tobi e Elicarlos

Com escalações assim era de se esperar um jogo de muita marcação. Os primeiros minutos foram marcados por muitas faltas dos dois lados, reclamação dos dois lados e com o árbitro Cláudio Mercante tentando contemporizar a situação, pedindo calma aos jogadores, embalados no ritmo de duas torcidas ensandecidas. Aos 15 minutos, o primeiro amarelo. Como era de se esperar, devido ao grande número de jogadores pendurados com dois amarelos nos rivais, Ricardo Xavier recebeu o seu terceiro e está fora do jogo de volta. No lance, ele derrubou o volante Daniel Paulista.

Curiosamente, o volangte rubro-negro, com liberdade para encostar no ataque, foi caçado no primeiro tempo. Aos 18, sofreu outra falta, dessa vez por Eduardo Ramos. Na cobrança o meia Marcelinho bateu forte, desviou na barreira, mas Glédson, bem colocado, defendeu firme. Apesar do sistema afotado, a verdade é que o Leão pressionava. O Timbu só exigiu Magrão aos 22, num chute de fora de parea de Heffner, mas Magrão defendeu.

Aos 25, a grande chance do Sport. Daniel Paulista mandou uma bomba de fora da área, no ângulo esquerdo do camisa 1 do Timbu, que se esticou todo para espalmar para escanteio. A blitz continuou e deu resultado, dois minutos depois. Após boa trama de passes pelo lado esquerdo, Bala cruzou e Bruno Mineiro, esperto, escorou para as redes, fazendo a Ilha tremer. Para tentar rearrumar o time, até porque o maestro Eduardo r4amos estava apagadíssimo, Roberto Fernandes tirou Heffner e colocou mais um meia, William. Derley foi deslocado para a ala direita. E foi dele que o Timbu quase chegou ao empate, em um chute cruzado aos 32.

Aos 37, o Alvirrubro teve uma excelente chance numa cobrança de falta frontal, mas Eduardo Ramos chutou na barreira. Nos descontos da primeira etapa, Carlinhos Bala puxou um contra-ataque, dessa vez pelo lado direito. Cruzou novamente de forma certeira. Dessa vez para Marcelinho Paraíba, que finalizou com mjuita categoria, 2x0. No fim do primeiro tempo, os dois clubes saíram reclamando de dois pênaltis não marcados.

No intervalo, uma confusão generalizada da torcida Fanáutico com o Batalhão de Choque. Torcedores que não tinham nada a ver com o episódio ficaram feridos. Sobre o jogo, os dois times voltaram sem mudanças. Apenas orientação. Mas a partida voltou como estava, com o Sport melhor. Aos 2, Bala avançou pela direita e bateu forte. A bola passou raspando a trave.

Deopis disso, mais faltas, mais gritaria em um pouco, em um duelo tenso. Nas disputas de bola, a mesma intensidade. Com o passar do tempo, o Timbu passou exercer uma pressão maior, tentando reduzir a vantagem leonina no confronto. Aos 18, em uma falta pelo lado direito, Airton cruzou com muito perigo, mas a zaga leonina afastou. Aos 20, o troco rubro-negro. Daniel Paulista rolou a bola e Marcelinho Paraíba, na meia lua, bateu com muita força, mas Glédson espalmou.

Aos 33, o goleiro rubro-negro Magrão deu seu show particular em uma defesa espetacular numa finalização com muito efeito de Bruno Meneghel. Logo depois, Hamilton recebeu o cartão amarelo e também está suspenso no próximo clássico.

Aos 35, finalmente o gol timbu. Após muita pressão, Airton cruzou da esquerda e Rogério cabeceou para o chão, firme, fazendo o gol que incendiou de vez o confronto. O tento levantou a torcida timbu, que já parecia abatida com o resultado. O 2 x 1 deixava o Náutico com a chance de jogar por uma vitória simples, por 1 x 0. Deixava, pois, aos 44 minutos, Ciro, que entrara no lugar de Bruno Mineiro, recebeu na entrada da área de Bala, encheu o pé direito e marcou o terceiro gol leonino. O placar spo acabou 3 x 1 porque, nos descontos, Ricardo Xavier acertou a trave de maneira incrível. Elitrizante.

FICHA DO JOGO

Sport 3Magrão; Renato, Igor (Montoya), Alex Bruno e Wellington Saci; Hamilton, Tobi, Daniel Paulista e Marcelinho Paraíba (Jó); Carlinhos Bala e Bruno Mineiro (Ciro). Técnico: Hélio dos Anjos

Náutico 1
Glédson; Heffner (William), Everton Luiz, Walter e Airton; Everton (Jorge Felipe), Derley, Elicarlos (Rogério) e Edurado Ramos; Ricardo Xavier e Bruno Meneghel. Técnico: Roberto Fernandes

Local: Ilha do Retiro. Árbitro: Cláudio Mercante. Assistentes: Elan Vieira e Albert Júnior.Árbitros assistentes: Ricardo Tavares e Gilberto Castro. Gols: Bruno Mineiro, Ciro e Marcelinho Paraíba (S); Rogério (N). Cartões amarelos: Daniel Paulista, Hamilton, Renato e Tobi (S); Ricardo Xavier, Walter e Everton Luiz (N). Público: 23.601 torcedores. Renda: R$ 412.720.

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